Santos tem conscientização na Semana de Mobilização Contra a Raiva

Redação Santos Notícias
A Secretaria Municipal de Saúde realizou, nesta quinta-feira (2), uma ação de conscientização e prevenção na Praça das Bandeiras (Gonzaga), como parte da programação da Semana de Mobilização Contra a Raiva.
O grupo de Informação Educação e Comunicação (IEC) abordou a população informando sobre os cuidados essenciais com os animais domésticos, como a vacinação. Além disso, detalhou que, mesmo com a ausência de casos em humanos há anos, é preciso estar atento para que a doença não retorne.
Sarah Ermenegildo, agente de combate a endemias, destacou que a ação é realizada em locais de grande movimentação de pessoas. “É importante lembrarmos os munícipes que possuem animais domésticos para que apliquem a vacinação anualmente, além das instruções de como agir caso entre em contato com o principal vetor da raiva, que é o morcego. Realizamos a vacinação antirrábica (na Avenida Rangel Pestana, 96) uma vez por semana, toda quarta-feira, das 9h às 12h”.
A agente ainda esclareceu que, mesmo sem casos registrados em humanos, a população tem contato diário com animais em situação de abandono, vivendo nas ruas e expostos a doenças e infecções, o que pode auxiliar na propagação da raiva.
“Nós, antigamente, ouvíamos muito sobre raiva, e eu conheci um rapaz próximo da família que foi infectado com a doença. Por isso, tenho muita preocupação em manter a vacina dela (sua cadela Kiara)”, contou Sonia Regina Oliveira, aposentada.
SUSPEITOS
São considerados animais clinicamente suspeitos os que apresentam salivação abundante, dificuldade para engolir e paralisia nas patas traseiras no momento da agressão.
“Caso você sofra um acidente com algum animal, é importante lavar a ferida com água e sabão em água corrente por dez minutos e, logo em seguida, procurar imediatamente a policlínica ou, a depender do dia e horário, a unidade de saúde mais próxima da sua residência”, orienta Boanerges Oliveira, chefe do Centro de Controle de Zoonoses e Vetor.
A conduta posterior a ser seguida será do médico durante atendimento, após avaliar o tipo de acidente (se leve ou grave) e o histórico do animal, se é conhecido, desconhecido ou se aparentava estar doente.
A DOENÇA
A hidrofobia, popularmente conhecida como raiva, é uma doença causada pelo vírus Lyssavírus, que costuma atacar o sistema nervoso. Entra no corpo por meio de uma lesão na pele, sendo transmitida por arranhões, mordidas e lambidas de mamíferos infectados com a doença, como cães, gatos, morcegos, saruês, entre outros.
A raiva atinge o sistema nervoso até alcançar o cérebro, fase em que geralmente começam a aparecer os sintomas: mal-estar, febre baixa, dor de cabeça e garganta, falta de apetite, vômitos e desconforto gastrointestinal.
A evolução da doença causa encefalite e outros sintomas, como hiperexcitabilidade, confusão mental, agressividade, alucinações, crises convulsivas, espasmos musculares, produção excessiva de saliva, dificuldade para respirar e engolir e febre alta.
Depois, o doente passa a ter hidrofonia, aerofonia e fotofobia, que são espasmos após contato com água, corrente de ar ou excesso de claridade. Por fim, o vírus traz paralisia, que evolui para coma e morte por parada respiratória. A raiva é fatal em praticamente 100% dos casos, com raras exceções no mundo.
COMO ACIONAR
O Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV) deve ser sempre acionado por telefone (3228-3699) para a retirada de morcegos em ambiente doméstico, se estiver vivo ou morto. A retirada é realizada por técnicos capacitados e em uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
Morcegos encontrados mortos, caídos ou desorientados, principalmente durante o período diurno, são recolhidos e enviados para análise no Instituto Pasteur-SP.
Cães e gatos que morrem apresentando quadro neurológico sem razão definida são encaminhados pelo atendimento médico veterinário à CCZV para a realização de necropsia e envio de material para análise. Caso a amostra venha com resultado positivo para raiva no animal, a CCZV realiza investigação na área específica, bloqueio vacinal se necessário, assim como orientação educativa à população local.

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