Um apartamento de alto padrão em Praia Grande, no litoral paulista, foi descoberto como um centro de operações para fraudes digitais. A polícia prendeu cinco suspeitos — três homens, entre 26 e 32 anos, e duas mulheres, de 18 e 21 anos — que utilizavam o imóvel como um verdadeiro “escritório do crime”.
A investigação teve início após denúncias de movimentações suspeitas no edifício, localizado na Rua Luís Antônio de Andrade Vieira, no bairro Boqueirão. Agentes da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) fizeram uma vigilância discreta até identificar o veículo usado pelo grupo. Em uma ação realizada na última quarta-feira (7), quatro integrantes foram abordados.
Ao entrar no apartamento, a polícia encontrou computadores ligados, com telas abertas em sites institucionais, celulares e chips telefônicos espalhados, confirmando o uso do local para atividades criminosas. Durante a busca, um dos suspeitos estava escondido em um dos cômodos. Foram apreendidos quatro notebooks, sete celulares, oito chips e o carro utilizado pela quadrilha.
A investigação apontou que a quadrilha funcionava com divisão de tarefas, característica comum em organizações especializadas em golpes digitais. As vítimas, moradores da região metropolitana de São Paulo, eram alvo do chamado “golpe do falso advogado”, em que os criminosos simulam contato jurídico para extorquir dinheiro.
Vale lembrar que em junho, duas outras prisões relacionadas a quadrilhas que aplicavam o mesmo golpe também foram feitas em Praia Grande, reforçando a atuação desse tipo de crime na região.