A continuidade da greve dos trabalhadores da limpeza urbana na Baixada Santista será definida a partir das 11h desta terça-feira (5), durante uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), em São Paulo. A paralisação completa uma semana hoje e afeta diretamente os serviços em seis cidades da região: Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão, Praia Grande e Bertioga.
A categoria, que reúne 2.996 profissionais entre coletores, varredores, mecânicos, raspadores e outros, reivindica 7% de reajuste salarial e melhorias nos benefícios, como vale-refeição e tíquete, que, segundo o sindicato, está congelado há um ano. Os trabalhadores também cobram o pagamento do dissídio, atrasado desde maio. As empresas ofereceram um reajuste de 5,5%, proposta rejeitada pelo sindicato.
Por decisão da Justiça, ao menos 70% do efetivo deve ser mantido em atividade durante a paralisação. Mesmo assim, em várias cidades já se observam acúmulos de lixo e reclamações da população.
Situação nas cidades:
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Santos: A prefeitura informou que os pagamentos ao consórcio Terra Santos estão em dia e que notificou a empresa para garantir os serviços essenciais durante a greve.
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São Vicente: Criou um canal no WhatsApp (13) 97423-4472 para receber solicitações e imagens sobre limpeza urbana. Equipes municipais atuam para manter a cidade limpa.
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Praia Grande: A coleta segue normalmente, com reforço pontual do poder público. O contrato com a PG Eco Ambiental está em dia.
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Cubatão: A prefeitura fez ajustes logísticos e afirmou que a varrição ocorre sem alterações, mesmo com 30% de redução no quadro de funcionários.
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Bertioga: A administração municipal acompanha de perto as negociações, mas não informou se há impacto direto no serviço.
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Guarujá: Não se manifestou até o momento.
A decisão de hoje será determinante para os rumos da mobilização. Caso não haja avanço nas negociações, o sindicato já adiantou: a greve continua.