Quatro pessoas foram presas em flagrante por envolvimento em um esquema de tráfico de animais silvestres em Santos, no litoral de São Paulo. O grupo foi surpreendido enquanto tentava vender dois macacos-prego (Sapajus apella), que estavam em situação de maus-tratos.
A ação foi conduzida por investigadores da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) do Deic, após uma denúncia anônima. Os policiais monitoraram um imóvel na Rua Roberto Sandall, no bairro Ponta da Praia, onde flagraram os suspeitos retirando os animais do porta-malas de um carro. Os macacos haviam passado cerca de quatro horas dentro de uma gaiola, sem ventilação, comida ou água, e estavam cobertos por fezes.
Os animais foram resgatados e encaminhados para avaliação veterinária. As investigações prosseguem, já que há indícios de que uma iguana também estaria envolvida no comércio ilegal.
O crime, segundo as autoridades, faz parte de um mercado clandestino altamente lucrativo. Um macaco-prego pode ser vendido por mais de R$ 5 mil, enquanto uma iguana pode atingir até R$ 1,5 mil — valores que atraem criminosos e colocam em risco o equilíbrio ambiental e a sobrevivência das espécies.
Durante a operação, foi identificado que o grupo atuava de maneira organizada. Pai e filho eram responsáveis pelo transporte dos animais, enquanto outro integrante fazia o pagamento via PIX para um intermediário, responsável por levar o comprador de Itanhaém até Santos.
Os quatro detidos — com idades entre 19 e 71 anos — responderão pelos crimes de associação criminosa, tráfico de animais silvestres e maus-tratos. Um dos suspeitos tentou resistir à prisão e outro já havia sido investigado anteriormente por crimes semelhantes. A polícia solicitou a conversão das prisões em flagrante em preventivas.
