Rafael “Jaguar” se entrega e se junta a outros presos na investigação da morte do ex-delegado Ruy Ferraz

Redação Santos Notícias
Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Justiça de São Paulo decretou neste sábado (20) a prisão temporária de Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como “Jaguar”, suspeito de envolvimento na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, ocorrida na noite de segunda-feira (15) em Praia Grande.

Jaguar, de 42 anos, se apresentou à Delegacia Sede de São Vicente acompanhado de advogado e passou por exame de corpo de delito no IML de Santos antes de participar de audiência de custódia, que manteve a prisão. Segundo a polícia, ele possui antecedentes criminais, inclusive por sequestro, cometido em 2008, investigado pela Delegacia Anti-Sequestro de Santos.

O advogado do suspeito afirmou que, embora Rafael tenha histórico de ligação com o crime organizado, ele estava em processo de ressocialização, trabalhando com carteira assinada e cuidando da filha no momento do crime. A defesa afirma que seu cliente se entregou para preservar a própria vida e a de sua família, além de facilitar o acesso aos autos da investigação.

Junto a Jaguar, já haviam sido presos Dahesly Oliveira Pires e Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como “Fofão”, ambos suspeitos de participação na execução de Ruy Ferraz. Outros quatro investigados permanecem foragidos: Felipe Avelino da Silva (Mascherano), Flávio Henrique Ferreira de Souza, Luiz Antonio Rodrigues de Miranda e Willian Silva Marques, proprietário do imóvel de onde teria saído a arma utilizada no crime.

A investigação aponta que pelo menos seis criminosos encapuzados participaram da emboscada. Câmeras de segurança flagraram o momento em que três deles, armados com fuzis, saíram de uma caminhonete que seguia o carro do ex-delegado e atiraram contra ele.

Motivação e contexto

Ruy Ferraz, de 64 anos, atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil, sendo ex-delegado-geral de São Paulo entre 2019 e 2022. Sua carreira foi marcada pelo combate ao crime organizado e, especialmente, ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre suas ações de destaque, estão a transferência de chefes da facção para presídios federais e a coordenação de operações de grande impacto contra a organização criminosa.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) investiga se a execução teve ligação com seu histórico de enfrentamento ao PCC ou com sua atuação como secretário de Administração de Praia Grande, cargo que ocupava desde janeiro de 2023 após aposentadoria da Polícia Civil.

Quem são os suspeitos

  • Rafael Marcell Dias Simões (Jaguar) – preso; antecedentes por sequestro; defesa afirma que estava ressocializado e buscando a filha na escola no momento do crime.

  • Dahesly Oliveira Pires – presa; suspeita de ter buscado a arma utilizada na execução.

  • Luiz Henrique Santos Batista (Fofão) – preso; envolvido na logística da execução.

  • Felipe Avelino da Silva (Mascherano) – foragido; DNA encontrado em veículo usado no crime.

  • Flávio Henrique Ferreira de Souza – foragido; DNA também localizado em carro ligado ao crime.

  • Luiz Antonio Rodrigues de Miranda – foragido; suspeito de ter ordenado busca da arma.

  • Willian Silva Marques – foragido; dono da casa onde parte do planejamento ocorreu.

A SSP informou que diligências continuam para localizar os foragidos e esclarecer todos os detalhes da execução, garantindo que os responsáveis sejam responsabilizados. A polícia orienta que qualquer informação seja repassada pelo Disque-Denúncia (181), sem necessidade de identificação.

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