Após enquete no Instagram oficial da Prefeitura de Santos (@santoscidade), realizada entre 1º e 8 de outubro, a população escolheu o mascote que vai ilustrar publicações e materiais institucionais do Município. Do total de 3.436 votos, 1.855 deles (54% do total) foram dados para a Muretinha, que superou os concorrentes Bondinho (825 votos – 24%), Leãozinho (619 votos – 18%) e Cafézinho (137 votos – 4%).
A votação popular deu o pontapé inicial para as comemorações dos 480 anos de Santos, celebrados em 26 de janeiro de 2026, e aproveitou o Mês das Crianças para o engajamento da população.
A Muretinha representa a Balaustrada, design artístico presente nas muretas dos canais de Santos, que ganhou valor estético e turístico, tornando-se parte essencial da paisagem urbana e da memória afetiva dos santistas.
Há mais de 80 anos, a mureta decora a orla e inspira artistas de diferentes gerações. A presença marcante desse símbolo ultrapassou o espaço urbano e hoje, aparece em suvenires, quadros, joias, bijuterias e até em tatuagens, reafirmando sua importância cultural.
CALENDÁRIO
A Muretinha será tema do Calendário Oficial de Santos 2026. A Prefeitura lançará um concurso cultural que selecionará 12 desenhos autorais de artistas que vão compor a folhinha. Cada obra deverá retratar a Muretinha em diferentes pontos da Cidade, conectando o mascote à identidade visual e aos ícones de Santos.
O objetivo é incentivar e valorizar a produção artística local. O edital com as regras de participação será divulgado em breve nos canais oficiais da Prefeitura.
CRIAÇÃO
As quatro opções de mascotes, incluindo a Muretinha, foram desenvolvidas pelo designer gráfico Fábio Roberto de Andrade Filho, apaixonado por arte digital desde a infância. Ele atua na Secretaria de Comunicação e Economia Criativa (Secom) e utiliza nas suas criações programas como Adobe Photoshop, After Effects e Blender, os quais incorporaram recursos de IA (Inteligência Artificial) em suas funções, proporcionando uma abordagem mais exploratória para a criação de ilustrações.
“No processo criativo, a gente precisa pensar em tudo: se o mascote vai ter olhos grandes ou pequenos, perna curta ou longa, tudo tem um porquê. Por exemplo, no caso da Muretinha, a perna longa faz sentido porque um dia ela pode aparecer andando de bicicleta e com perna curta, isso nem seria possível”, explica Fábio. “Os recursos tecnológicos entram justamente para ajudar nessa construção, permitindo que se visualize várias possibilidades em pouco tempo, teste formatos diferentes e ajuste detalhes. Isso otimiza o tempo e dá mais liberdade para focar na parte criativa”.
Todo o processo integra o setor de Media Arts (Artes Midiáticas), campo da economia criativa que une criatividade, tecnologia e comunicação para explorar e expressar ideias.